sábado, 29 de março de 2008

Da Caiu do Céu para o Olímpico


29 de março de 2008 N° 15555


Porto Alegre 360º
Da Caiu do Céu para o Olímpico

Sediado desde 1904 na Baixada, localizada no bairro Moinhos de Vento, o Grêmio trocou de casa em 19 de setembro de 1954, quando inaugurou o Olímpico. Foi um processo longo - cerca de 14 anos - e complicado, mas valeu a pena: ao fim, os gremistas podiam se orgulhar do maior estádio particular do Brasil à época.



Quem vai ao Olímpico, hoje, dificilmente imagina a metamorfose proporcionada pelo estádio na Azenha. Enquanto o rival Inter ergueu o Beira-Rio onde antes havia apenas água, o Grêmio teve de desalojar uma vila e, ainda, encarar uma negociação com os herdeiros de parte da área - propriedade da viúva de Tibúrcio de Azevedo.



Os obstáculos dificultaram, mas não sepultaram a idéia de abandonar a Baixada - condenada pela prefeitura. Em 1940, apoiado pelo colega Aneron Correia de Oliveira, o presidente Telêmaco Frazão de Lima iniciou tratativas com a prefeitura para a permuta do terreno do Moinhos de Vento por outro na Avenida Carlos Barbosa, oficializada em 16 de setembro de 1940.



Acabou sendo a melhor opção para o Grêmio, mas não a primeira: cogitou-se levar o clube para a área do antigo Cine Castelo, ou a construção de um campo onde hoje está a Avenida Farrapos.



No ano seguinte, com Aneron Correia de Oliveira à frente do clube, o Grêmio depositou a pedra fundamental do Olímpico. Daí até o início da obra, porém, passaram-se mais de 10 anos, porque foi preciso retirar os moradores da Vila Caiu do Céu.


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