sábado, 29 de março de 2008

O arquiteto Plínio Almeida


29 de março de 2008 N° 15555
Porto Alegre 360º
O arquiteto gremista

Plínio Oliveira Almeida, 85 anos, pode ser considerado um dos pais do Olímpico. Do traço de sua mão direita surgiram há mais de 50 anos as linhas do estádio do Grêmio. Ajudado por dois colegas, ele ganhou o concurso em 1951 para o anteprojeto do estádio.

Formado pela primeira turma de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Plínio bolou a casa gremista com base em referências estrangeiras.
Em seu apartamento na Avenida Independência, o arquiteto lembra ter consultado publicações européias sobre estádios construídos no pós-guerra. Compilou dados e os juntou a um relatório detalhado da Bombonera, histórica casa do Boca Juniors em Buenos Aires.

- O Olímpico seguiu a tendência da época - diz.


Plínio, porém, deixou o clube antes da inauguração do estádio. Não chegou a tocar o próprio projeto, que sofreu pequenas modificações e ficou a cargo do engenheiro Armando Ballista, segundo colocado no concurso de 1951. O arquiteto se afastou do Grêmio por desavenças, mas voltou mais tarde, na década de 70, e participou da ampliação. Ele conta ter mantido o máximo possível da harmonia do projeto original, coisa que pretendia repetir nos tempos atuais - receoso quanto à construção da Arena gremista, propôs melhorias no Olímpico que acabaram rejeitadas.

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